quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chuvas há séculos

Cariocas do meu Rio de Janeiro, nos deparamos esta semana com uma das maiores chuvas já registradas no nosso estado. Mais de 100 mortos em decorrência de enchentes e deslizamentos de encostas. A cidade passou por um verdadeiro caos, que foi reportado em todos os veículos de notícia. Mas o que se pouco falou foi da realidade histórica desses eventos. Não é de hoje que verdadeiros temporais afetam a cidade maravilhosa.

Acima: Deslizamentos de terra e caos no Rio de Janeiro em 1966. Foto do arquivo do Correio do Povo.

O Rio de Janeiro convive com inundações e deslizamentos de terra desde o período do Brasil colonial. Entre os dias 10 e 17 de fevereiro de 1811, a cidade experimentou o seu maior desastre da época devido à chuva. Grande parte do Morro do Castelo veio abaixo. Em 1966, as piores inundações do século 20. No começo do ano, a chuva intensa trouxe inundações e deslizamentos. Quase 250 milímetros de chuva em apenas 12 horas. Mais de 200 mortos.

No ano seguinte, novo desastre. Mais duzentas vidas perdidas. Edifícios foram soterrados. Duas décadas após, em 1987, quase 300 mortos no Rio, Teresópolis e Petrópolis. A região serrana mergulhou na calamidade. Ano 1988. Quase 300 mortos. A chuva mergulhava o Rio no caos novamente. Prejuízos de quase um bilhão de dólares. Em 2002, cerca de 40 pessoas morreram em dezembro em Angra dos Reis por conta dos deslizamentos trazidos por uma chuva de 300 milímetros em poucas horas. Agora de novo a tragédia se repete. E não será a última vez. O relevo, a ocupação desordenada das encostas e o clima propício a eventos de chuva torrencial tornam o Rio de Janeiro muito vulnerável. O presente é um aviso. O passado uma lição. O pior ainda pode estar por vir no futuro e pode ser uma grande catástrofe.

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Infelizmente a realidade é que esses fenômenos são resultado de fatores climáticos naturais que compõem nossas características ambientais, ou seja, apesar de sermos conhecidos pelo sol e pelas maravilhosas praias, não nos livraremos das águas de março, abril, maio...

terça-feira, 26 de maio de 2009

De onde veio a "OLA"???

A ola é uma coreografia realizada por torcedores de algum evento desportivo. Seus participantes erguem os braços de baixo para cima, fazendo um gesto parecido com uma onda, que se alastra para um lados da arquibancada, sendo feito por outra pessoa ao seu lado.




A origem da ola é disputada por quatro diferentes esportes, através dos três países da América do Norte. Uma das hipóteses é de que a ola tenha surgido no Canadá, durante a disputa do National Hockey League, em 1980. Foi também introduzida em partidas da Major League Baseball em Oakland (Califórnia), em outubro de 1981. Na mesma época, a ola também era executada durante as partidas de futebol americano em Seattle, Washington. Contudo, a ola ganhou fama mundial somente em 1986, com a disputa da Copa do Mundo de Futebol, no México, e essa última hipótese é a mais provável. A palavra ola é de origem espanhola e significa onda.

domingo, 24 de maio de 2009

Índios Cavaleiros? Hãnn?!



Sim, é verdade! Existiram índios no Brasil que se tornaram cavaleiros na época da colônia. Nos séculos XVI, XVII e XVIII alguns índios receberam título de cavaleiros, ou da Ordem de Cristo, ou da Ordem de Santiago ou da Ordem de Avis. Isto ocorreu pela necessidade que a coroa portuguesa tinha de estabelecer seu poder na colônia. Era interessante para Portugal criar figuras de poder locais, reconhecidas e respeitadas pelos nativos. Isso era importante tanto para legitimar o poder da coroa portuguesa entre os índios, quanto para enfrentar inimigos comuns.

Existem alguns registros de índios agraciados com títulos de cavaleiros tanto em Pernambuco, quanto no Rio de Janeiro, mas o índio mais famoso a se tornar cavaleiro foi Araribóia (em tupi, "cobra feroz" ou "cobra da tempestade"). Arariboia era cacique dos Temiminós quando os franceses, com o apoio dos Tamoios, tomaram o controle da Guanabara, na então Capitania do Rio de Janeiro, em 1555. Tendo perdido as suas terras, o cacique e sua tribo seguiram para a então Capitania do Espirito Santo, onde reorganizaram a sua aldeia e expulsaram alguns holandeses. Quando a Coroa de Portugal enviou ao Brasil o seu terceiro Governador-geral, Mem de Sá, com um contingente de soldados bem armados para retomar a Guanabara aos franceses, os portugueses estabeleceram aliança com Arariboia, conseguindo desse modo reforçar os seus efetivos em cerca de oito mil homens, indígenas conhecedores do território e inimigos dos Tamoios. A esquadra francesa se instalara na Guanabara em 1556, ocupando uma ilha e ali erguendo um forte. Para se contrapor às forças portuguesas, o comandante dos invasores, Nicolau Durand de Villegainon, firmou uma aliança com os índios tamoios, cerca de 70 mil homens naquela faixa do litoral. O acordo permitiu que as forças enviadas de Salvador por Mem de Sá, governador-geral do Brasil, fossem rechaçadas. Com a unidade da colônia correndo perigo, Mem de Sá mandou vir do reino seu sobrinho Estácio de Sá e o incumbiu de adotar a mesma estratégia dos franceses: arregimentar apoio indígena. Com o apoio de Araribóia os portugueses conseguiram expulsar os franceses e fundaram a cidade São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1565. Três anos depois, foi-lhe dado o direito de escolher uma parte das terras da “banda d’além”, ou seja, do outro lado da Baía, para se estabelecer com sua gente. Recebida na forma de sesmaria, a área passou a abrigar a aldeia de São Lourenço, origem da cidade de Niterói (ou “águas escondidas”, na língua indígena), oficialmente criada em 1573.

Após seus feitos ao lado dos portugueses, Araribóia foi batizado e recebeu o nome de Martim Afonso de Sousa e foi agraciado com o Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo. Para completar, recebeu o posto de capitão-mor da aldeia de São Lourenço e tornou-se proprietário de casas na Rua Direita (atual 1º de Março, rua no centro do Rio de Janeiro), onde residiam os notáveis do Rio de Janeiro, incluindo o governador.


É considerado o fundador da cidade de Niterói, e uma estátua sua pode ser vista no centro da cidade, com os olhos voltados para a baía de Guanabara e a cidade de Niterói sob sua proteção.



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sábado, 23 de maio de 2009

Origem da "toda poderosa" NIKE

O nome de uma das maiores e mais poderosas marcas esportivas do mundo atual tem origem na mitologia grega. Niké (em grego Νίκη) era a deusa grega que representava a vitória. Sua figura era representada por uma mulher alada. A mais famosa imagem da deusa é a de Samotrácia, exposta no museu do Louvre, em Paris.



A empresa nike nasceu através de um treinador de atletismo universitário, Bill Bowerman e seu sócio Phil Knight, que efetuaram várias experiências com a torradeira elétrica na casa de Bill, usando materiais como cimento e borracha a fim de descobrir uma sola melhor adaptativa a performance desportiva e ao bem estar. Com resultados bastante satisfatórios, começou a ser-lhe cobiçados, cada vez mais e mais pares, assim se fez a Blue Ribon Sports, que mais tarde vinha a se chamar Swoosh e mais tarde Nike (inicialmente uma linha da marca Swoosh). O símbolo da marca Nike também é ispirado na deusa grega. A vírgula (ou sinal de "certo") foi inspirado na asa da deusa da vitória.


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Primeiro post: momento histórico

Começo aqui a fazer história, dou início agora ao "Curiosidades na História", um blog que pretende divertir vocês leitores, além de desvendar mistérios e contar curiosidades sobre diversos temas da nossa longa e fascinante história. Espero que gostem, abraços.

Renan Mello